A HISTORIA DA CONTABILIDADE
AUTOR: DR. FRANCISCO VILARDO
Advogado, Economista, Administrador, Auditor da Receita Federal INTV
1.ETMOLOGIA: O
lat.computare, “contar, computar, calcular” do lat.putare, “julgar, fazer uma
conta, contar” , é o port.esp.contar, it contare, do século XII, fr.compter, do
século XV.Com base nas formas verbais românticas, contar, contare,computer, e a
partir do lat.computabilis há o port.contábil, esp.contable, fr.comptable, todo
século XIV origem do port.contabilidade, esp.contabilidad, it contabilita, do
século XVII, fr.Contabilite c.1579.
1.1 O
port.esp. contar, it contare, fr. Conter, todos do século XII no sentido de
“narrar , relatar, enumerar os detalhes de um acontecimento” , é também o
lat.computare, de putare, que pode ter assumido essa acepção na língua popular.
O fr.compter, “contar” é variante ortográfica de conter, “narrar” , formado por
reação etimológica, com base no latim. Para desenvolvimento semântico do
fr.conter, compter, confere-se o al Zahlen, “contar” , Erzahlen, “narrar” .
1.2 O
ing.accouting, “contabilidade” , do século XIV, é o verbo to account,
“calcular”, e o sufixo-ing. Account é o fr.ant.acunter, aconter, lat.tard.
Accomptare, *accomputare, de ad e computare, e esse de putare.
2.HISTORIA: Na
antiguidade, as trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou
relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia, já se
faziam com escritas, embora rudimentares. Tabletes de barro cozido e placas de
madeira ou de pedra eram usados para os registros de pagamentos de serviços. Um
escriba egípcio chegou a contabilizar os negócios efetuados pelo governo do seu
país, no ana 2000 A.C. Sistemas de
escritas contábeis foram bastante utilizados nas ilhas Britânicas.
Empregavam-se ramos de árvores assinalados com talhos como provas de divida ou
de quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálomo (pena de escrever)
no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro das informações sobre
negócios. As escritas governamentais da Republica Romana (200 AC .) já traziam as
receitas de caixas clonificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas
nos itens Salário, perdas e diversões. Os questores, funcionários do Estado,
tinham como atribuição examinar as dos governos provinciais. O imperador
Augusto foi, talvez, o primeiro governante da historia a estabelecer um
orçamento publico.
No priodo medieval, diversas
inovações na técnica da contabilidade foram introduzidos por governos locais e
pela Igreja. O imperador Carlos Magno determinou, por volta do ano 800, na
Capitulare de Villis, a realização de um inventario anual da propriedade, em
livros especiais para as receitas e as despesas. Em 831, um “contador” assumiu
a escritura de uma propriedade transferida por S.Ambrosio a um nobre italiano.
Exames de livros de contabilidade foram na Inglaterra, durante o reinado de
Henrique I (1100.1135). A introdução da técnica contábil nos negócios privados
foi, porem, uma contribuição de comerciantes italianos do século XIII. Os
empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o
desenvolvimento de escritas especiais que refletissem dos credores e
investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações
com os consumidores e os empregados.
O aumento de volume dos negócios
registrados após a Revolução Industrial fez surgir a necessidade de exames
contábeis das experiências financeiras das empresas, como base para empréstimos
e inversões de capitais. Esse trabalho era, inicialmente, realizado por
contadores admitidos por uma empresa, a qual, comumente, punha seus serviços
profissionais à disposição de outras organizações. Foi, contudo, a Itália o
primeiro país europeu a fazer restrições à pratica da contabilidade por um
individuo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contador a
pessoa devidamente qualificada para o exercício da profissão.
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