IMPORTÂNCIA DA ESCRITURAÇÃO MENSAL
REGIME DE COMPETÊNCIA CONTÁBIL
O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da
contabilidade que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as
informações financeiras.
O regime de competência é um princípio contábil, que deve ser, na
prática, estendido a qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua
natureza e origem.
Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e
eventos são reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de
terem sido recebidos ou pagos.
Isto permite que as transações sejam registradas nos livros contábeis e
sejam apresentadas nas demonstrações financeiras do período no qual os bens (ou
serviços) foram entregues ou executados (ou recebidos). É apresentada assim uma
associação entre as receitas e os gastos necessários para gerá-las.
As demonstrações financeiras preparadas sob o método de competência
informam aos usuários não somente a respeito das transações
passadas, que envolvem pagamentos e recebimentos de dinheiro,
mas também das obrigações a serem pagas no
futuro e dos recursos que representam dinheiro a ser recebido no futuro.
Portanto, proporcionam o tipo de informações sobre transações passadas e
outros eventos, que são de grande relevância aos
usuários na tomada de decisões econômicas.
As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado
do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento.
O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas,
é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.
Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o
regime de competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização
compulsória no meio empresarial.
RECONHECIMENTO DAS RECEITAS
As receitas consideram-se realizadas:
1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou
assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade
de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços
por esta prestados;
2 – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que
seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou
maior;
3 - pela geração natural de novos ativos independentemente da
intervenção de terceiros;
4 – no recebimento efetivo de doações e subvenções.
RECONHECIMENTO DOS GASTOS
Consideram-se incorridas os gastos:
1 – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por
transferência de sua propriedade para terceiro;
2 – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;
3 – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.
REGIME DE CAIXA
Sob o regime de caixa, os recebimentos e os pagamentos são reconhecidos
unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente.
Este método é frequentemente usado para a preparação de demonstrações
financeiras de entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o objetivo
principal da contabilidade governamental é identificar os propósitos e fins
para os quais se tenham recebido e utilizados os recursos, e para
manter o controle orçamentário da citada atividade.
Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização do regime de
caixa, para fins tributários. Porém, de modo algum o regime de competência pode
ser substituído pelo regime de caixa numa entidade empresarial, pois se estaria
violando um princípio contábil.
Se a legislação fiscal permite que determinadas operações sejam
tributadas pelo regime de caixa, isto não significa que a contabilidade deva,
obrigatoriamente, seguir seus ditames. Existem livros fiscais (como o Livro de
Apuração do Lucro Real – LALUR), que permitem os ajustes necessários e
controles de tal tributação, á margem da contabilidade.
O que não se pode nem se deve é submeter a contabilidade a uma
distorção, apenas para cumprir a necessidade de informação de um único
organismo, como é o caso do fisco.
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